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Anticoncepcional após os 40 anos: qual a melhor opção?

Se você é mulher e já passou dos 40 anos, é bem provável que já tenha se perguntado qual o melhor anticoncepcional para essa idade.

A verdade é que essa é uma dúvida mais comum do que se imagina, já que uma em cada 5 grávidas no Brasil são mulheres acima dos 40 anos?

Isso mostra que muitas mulheres nessa faixa etária ainda estão sexualmente ativas e precisam se preocupar com contracepção.

Mas será que os métodos anticoncepcionais tradicionais são adequados e seguros após os 40 anos?

Dados do Ministério da Saúde mostram que alguns riscos aumentam com a idade, especialmente em relação a anticoncepcionais que contenham estrogênio.

Dessa forma, dispositivos intrauterinos (DIU) e opções só com progesterona tendem a ser mais recomendados.

No entanto, nem sempre é fácil escolher o método mais adequado, já que é preciso levar em conta condições pré-existentes de saúde, estilo de vida, preferências pessoais e muito mais.

Neste artigo, vamos te mostrar quais são os métodos contraceptivos mais recomendados após os 40 anos, e todos os fatores importantes para te ajudar a tomar a melhor decisão.

Ao final da leitura, você vai se sentir mais confiante para conversar com seu ginecologista sobre contracepção depois dos 40 anos.

Vamos começar?

Métodos contraceptivos mais recomendados após os 40 anos

Quando se fala em contracepção, existem algumas opções mais recomendadas para mulheres acima dos 40 anos.

Isso porque alguns riscos tendem a aumentar com a idade, então é preciso escolher métodos mais adequados. 

Anticoncepcional combinado (estrogênio + progestagênio)

O anticoncepcional combinado, com estrogênio e progestagênio, tem sua eficácia contraceptiva mantida alta após os 40 anos.

Porém, há riscos de efeitos colaterais, principalmente cardiovasculares, sendo preciso avaliar se esse aumento de risco vale a pena.  

Há opções de anticoncepcional combinado com dosagens mais baixas de estrogênio que podem ser uma alternativa mais segura.

Nesse sentido, o ideal é conversar com seu ginecologista sobre os riscos e benefícios desse método no seu caso.

Anticoncepcional só de progestagênio

Já os anticoncepcionais só com progestagênio

(como injetáveis ou pílulas) não apresentam riscos cardiovasculares e costumam ser mais recomendados após os 40 anos. 

Porém, como efeito colateral, essas opções podem causar sangramentos irregulares, isso, obviamente vai depender da resposta de cada organismo.

Dispositivo intrauterino (DIU)

O dispositivo intrauterino (DIU) é muito eficaz e uma ótima opção após os 40 anos.

Existem modelos hormonais, com liberação local de progestagênio, e não hormonais (de cobre).

Os DIUs não hormonais duram por mais tempo (até 10 anos), enquanto os hormonais precisam ser trocados a cada 3 a 5 anos.

Ambos têm taxas de eficácia contraceptiva superiores a 99%.

Fatores a considerar na escolha

Além de avaliar os métodos contraceptivos disponíveis, é muito importante considerar as condições individuais de cada mulher após os 40 anos.

Vejamos alguns desses fatores:

Condições pré-existentes de saúde

Existem alguns problemas de saúde que podem limitar o uso de determinados métodos contraceptivos depois dos 40 anos.

Por exemplo, mulheres com histórico de AVC, trombose ou enxaqueca com aura geralmente não podem usar contraceptivos com estrogênio devido ao aumento de riscos cardiovasculares.

Já condições como endometriose ou sangramentos abundantes podem melhorar com o uso de métodos hormonais como o DIU ou minipílula.

Estilo de vida e preferências

Para uma contracepção eficaz, além da segurança, é essencial escolher um método que se encaixe bem ao estilo de vida da mulher.

Questões como facilidade de uso, necessidade de tomar comprimido oral todos os dias ou de aplicar injeções periódicas devem ser avaliadas.

Também é importante considerar efeitos colaterais como irregularidades menstruais, já que algumas mulheres desejam amenorreia (ausência de menstruação) após uma certa idade.

Anticoncepção de emergência

Mesmo com um método contraceptivo regular, imprevistos acontecem.

Nesses casos, a anticoncepção de emergência, também chamada de pílula do dia seguinte, pode ser muito útil.

Contudo, após os 40 anos, algumas recomendações específicas devem ser seguidas:

  • O método de barreira (preservativo) deve ser usado junto, para maior proteção;
  • A pílula do dia seguinte hormonal (acetato de ulipistral) é mais indicada do que a pílula só de progestagênio (Levonorgestrel);
  • O mais importante é não esquecer de tomar, mesmo que os vômitos sejam frequentes. Repetir a dose nesse caso.

Além disso, alguns hábitos no dia a dia também ajudam para não precisar recorrer à pílula do dia seguinte:

  • Ter sempre preservativos à mão;
  • Utilizar calendários, aplicativos ou alarmes para não esquecer de tomar sua contracepção regular ou repor métodos como adesivos e anéis;
  • Evitar autocobranças ou culpa se for preciso utilizar a pílula do dia seguinte.

O importante é a prevenção da gravidez não desejada.

Conclusão

Escolher o método contraceptivo ideal após os 40 anos exige uma avaliação cuidadosa de alguns fatores, como riscos à saúde, estilo de vida e preferências pessoais.

De modo geral, os métodos mais recomendados para mulheres nessa faixa etária são o DIU (hormonal ou de cobre), a minipílula e o anticoncepcional combinado com baixas doses de estrógeno.

O ideal é conversar abertamente com o/a ginecologista sobre dilemas do dia a dia, condições pré-existentes e todos os mitos e verdades envolvendo contracepção na maturidade.

Assim, é possível escolher o método com o melhor custo-benefício para cada caso.

E mesmo com planejamento, a anticoncepção de emergência ainda pode ser necessária.

Por isso, é essencial que todas as mulheres saibam como utilizá-la corretamente após os 40 anos.

Esperamos que este artigo tenha esclarecido suas principais dúvidas sobre contracepção nessa fase da vida.

Continue acompanhando nosso blog para mais conteúdos interessantes sobre saúde feminina.

Até a próxima!

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