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Endometriose: saiba o que é, sintomas e tratamentos

Você sabe o que é a endometriose?

No Brasil, essa doença acomete uma entre 10 mulheres.

E lamentavelmente, a maioria delas ainda desconhece as causas, sintomas e tratamento.

A endometriose é considerada um problema de saúde pública pela OMS (Organização Mundial da Saúde), sendo por isso fundamental a regularidade nas consultas ao ginecologista, como forma de prevenção e detecção precoce da doença.

Para saber mais sobre essa doença, suas principais causas, sintomas e tratamentos, continue lendo este artigo que preparamos para você.

 

Afinal, o que é endometriose?

O útero é um órgão do sistema reprodutor feminino, e possui uma membrana que reveste o seu interior chamada endométrio.

A singularidade do endométrio é que ele se regenera totalmente aproximadamente uma vez por mês: sob a influência dos hormônios sexuais, ele se descola das paredes do útero e é expelido pela vagina juntamente com o fluxo menstrual.

Com o fim da menstruação, há uma alteração hormonal e o endométrio inicia um novo processo de crescimento.

Já a endometriose é uma doença inflamatória que ocorre quando as células do endométrio crescem patologicamente, caindo em outras camadas e órgãos próximos – ovários, trompas de falópio, intestino grosso, bexiga.

 

Sintomas que ocorrem na endometriose  

Alguns dos sintomas mais comuns que as pacientes relatam são:

  • Dores menstruais e durante as relações sexuais;
  • Sangramentos nas fezes e na urina;
  • Fadiga;
  • Forte TPM;
  • Irregularidade menstrual,
  • Diarreia.

 

Além disso, em casos mais graves, a endometriose também pode causar a infertilidade ou a dificuldade de engravidar.

Mas a endometriose também afeta outros órgãos, como a bexiga, vagina, reto, intestino grosso e apêndice que sofrem com a influência dessa doença.

Assim como a bacia, as costas e a pélvis, que podem apresentar dores pela inflamação causada pela endometriose.  

 

Tipos da doença 

Existem vários tipos da endometriose, desde aquelas menos graves, até os casos que precisam até de uma intervenção cirúrgica.

Mas, geralmente, o uso de medicamentos já é o suficiente para que a pessoa consiga lidar melhor com a doença e evitar maiores problemas.  

  • Endometriose umbilical: existem alguns casos mais raros como a endometriose umbilical, por exemplo, onde a membrana cresce na cicatriz do umbigo, criando um nódulo.

 

Nesse caso, ela causa um discreto sangramento local no período menstrual e uma dor cíclica. Mas não existe nenhum histórico até o momento da cirurgia prévia.

  • Endometriose peritoneal: além disso, existe também a endometriose peritoneal, considerada como um tipo superficial da doença. A sua principal característica é o fato de crescer fora do útero. É uma doença crônica inflamatória.
  • Pulmonar ou torácica: esse tipo afeta os pulmões da paciente e há tecido endometrial fora da cavidade pulmonar. No caso dessas pacientes, encontramos nos pulmões, traços do tecido endometrial.
  • Endometriose de intestino: causa dores fortes a moderadas. Geralmente são conhecidas na endometriose de intestino, geralmente a parede intestinal é ultrapassada por menos de 3mm. O hábito intestinal da mulher sofre alterações.  
  • Superficial: esse tipo ocorre na camada de desenvolvimento do intestino, no peritônio. As dores são fortes, com a adição de sangramento nos períodos menstruais e aparecimento de lesões.
  • Endometriose profunda: esse tipo requer uma intervenção cirúrgica, pois afeta em mais de 5mm de espessura os órgãos. Além disso, mesmo com o uso de medicamentos indicados por ginecologistas, seu tratamento é difícil e complicado.

 

A maioria dos sintomas aparece nesse tipo da doença. A cirurgia ajuda na retirada das membranas que estão penetrando nos órgãos.

 

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico da doença é feito com exame físico, dosagem de marcadores, exame ginecológico e ultrassom endovaginal especializado.

Assim como outros exames laboratoriais que o médico considerar necessários.

A endometriose é uma doença crônica e sem cura.

Entretanto, existem tratamentos que melhoram a qualidade de vida da mulher, evitando que a doença tenha consequências mais graves.

Além disso, seus sintomas tendem a diminuir com a chegada da menopausa.

Ademais, o uso de anticoncepcional costuma ser o mais recomendado pelo médico.

Afinal, ele ajuda no alívio das dores e a suspender a menstruação.  

Ademais, o médico também pode indicar a utilização do DIU, hormônios injetáveis, implantes ou outro dispositivo que libera progesterona.  

Contudo, a cirurgia só é feita em casos mais específicos. O especialista também pode indicar uma raspagem do endométrio que está em outros órgãos, para evitar complicações para a saúde da mulher.

Há ainda a videolaparoscopia, que substitui uma cirurgia aberta e se torna menos invasiva para a paciente.

Esse procedimento ajuda na retirada de tecidos para biópsia e na remoção das membranas.

Trata-se de uma cirurgia segura a se fazer nestes casos.

No entanto, se o caso exigir uma maior intervenção maior, é feita com a retirada do útero.  

Enfim, no caso da histerectomia, o cirurgião retira por completo o útero e seus demais acessórios. Esse procedimento é mais recomendado para mulheres que já engravidaram.  

Mas a melhor abordagem vai depender de cada caso.  Por isso, ao notar os sintomas da doença, agende rapidamente uma consulta com a sua ginecologista.

Assim, ela irá solicitar os exames necessários para definir o tipo de endometriose e definir o melhor tratamento para você.

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