A comparação entre Mounjaro e Ozempic tem dominado as discussões sobre tratamentos para perda de peso nos últimos meses.
Nos consultórios médicos, a dúvida sobre qual medicamento escolher tornou-se cada vez mais frequente, refletindo a crescente preocupação com a obesidade e suas complicações.
Estudos recentes mostram que as consultas relacionadas a esses medicamentos para emagrecimento aumentaram mais de 300% desde 2022, quando foi lançado o Mounjaro.
O Ozempic (semaglutida), inicialmente aprovado para diabetes tipo 2, ganhou notoriedade mundial pelo seu “efeito colateral” de redução de peso.
Paralelamente, o Mounjaro (tirzepatida) emergiu como uma alternativa promissora, com estudos indicando resultados ainda mais expressivos no controle da balança.
Em meio ao turbilhão de informações nas redes sociais, muitas vezes contraditórias ou sem fundamentação científica, torna-se essencial um comparativo detalhado entre esses medicamentos injetáveis para perda de peso.
Este artigo apresenta uma análise baseada em evidências científicas atualizadas sobre as diferenças entre Mounjaro e Ozempic, auxiliando na compreensão de qual pode ser mais adequado para cada caso.
O que são esses medicamentos?
Mounjaro (tirzepatida)
O Mounjaro representa uma inovação significativa no tratamento da obesidade e diabetes, atuando como um duplo agonista que estimula simultaneamente os receptores GIP (polipeptídeo insulinotrópico dependente de glicose) e GLP-1 (peptídeo semelhante ao glucagon-1).
Especificamente, este mecanismo de ação duplo diferencia o Mounjaro de outros medicamentos para emagrecimento disponíveis atualmente.
Historicamente, desenvolvido pela Eli Lilly, o Mounjaro foi aprovado inicialmente para o tratamento de diabetes tipo 2.
No entanto, os estudos clínicos demonstraram um efeito notável na redução de peso, o que levou à sua investigação como tratamento específico para obesidade.
Como resultado, esta tirzepatida tem se mostrado uma das opções mais potentes entre os agonistas GLP-1 para perda de peso.
Na prática, a administração do Mounjaro é realizada por injeção subcutânea, uma vez por semana, com doses que variam de 2,5mg a 15mg.
Geralmente, o protocolo recomenda um aumento gradual da dosagem, permitindo que o organismo se adapte ao medicamento e minimizando os efeitos colaterais gastrointestinais comuns a esta classe de medicamentos para emagrecimento.
Ozempic (semaglutida)
Por sua vez, o Ozempic, produzido pela Novo Nordisk, é um agonista do receptor GLP-1 que atua estimulando a produção de insulina e reduzindo a produção de glucagon de forma dependente da glicose.
Ao contrário, no mercado há mais tempo que o Mounjaro, o Ozempic possui um histórico bem estabelecido de eficácia e segurança no tratamento do diabetes e controle de peso.
Aprovado primariamente para diabetes tipo 2, o Ozempic ganhou popularidade quando pacientes e médicos começaram a observar a significativa perda de peso associada ao seu uso.
É importante destacar ainda que a mesma molécula (semaglutida) foi posteriormente aprovada especificamente para tratamento da obesidade sob o nome comercial Wegovy, em doses mais elevadas.
De modo similar, o tratamento com Ozempic também segue um regime de aplicação semanal por via subcutânea, com doses progressivas que variam de 0,25mg a 1,0mg.
Sua consolidada presença no mercado brasileiro facilita o acesso em comparação com medicamentos injetáveis para emagrecimento mais recentes, como o Mounjaro.
Principais diferenças entre os medicamentos
A diferença fundamental entre Mounjaro e Ozempic reside em seus mecanismos de ação.
Por um lado, enquanto o Ozempic atua exclusivamente nos receptores GLP-1, o comparativo Mounjaro Ozempic revela que a tirzepatida estimula tanto os receptores GLP-1 quanto os GIP.
Consequentemente, esta ação dupla pode explicar a eficácia superior do Mounjaro na perda de peso observada em estudos comparativos.
Em termos práticos de administração, ambos exigem aplicação semanal, porém existem diferenças nas canetas aplicadoras e nas dosagens disponíveis.
Notavelmente, o Mounjaro oferece doses mais elevadas em seu esquema terapêutico completo, chegando a 15mg, enquanto o tratamento com Ozempic atinge no máximo 1mg na sua apresentação para diabetes, demonstrando uma diferença importante no controle glicêmico e peso.
Além disso, os estudos clínicos de medicamentos emagrecimento seguros também mostram perfis ligeiramente diferentes em termos de efeitos colaterais.
Em particular, o Mounjaro tende a apresentar efeitos gastrointestinais mais pronunciados no início do tratamento, enquanto o Ozempic é geralmente bem tolerado, especialmente quando a dose é aumentada gradualmente conforme recomendado.
A tirzepatida versus semaglutida também se diferenciam quanto aos dados de aprovação regulatória.
O Ozempic possui um histórico mais longo de uso, o que proporciona maior quantidade de dados de segurança a longo prazo, enquanto o Mounjaro, sendo mais recente, continua em fase de coleta de dados sobre efeitos em uso prolongado.
Eficácia para perda de peso
Resultados dos estudos clínicos
Sem dúvida, os dados de eficácia são fundamentais quando se compara Mounjaro e Ozempic para tratamento da obesidade.
De maneira impressionante, estudos clínicos de fase 3 demonstram que o Mounjaro, na dose máxima de 15mg, proporciona uma perda média impressionante de 20-25% do peso corporal ao longo de 72 semanas de tratamento, estabelecendo um novo padrão para medicamentos injetáveis para perda de peso.
Por comparação, os estudos com Ozempic na dose de 1mg mostram uma redução média de 15-17% do peso corporal no mesmo período.
Vale ressaltar que estes resultados foram obtidos em pesquisas onde os participantes também seguiam recomendações de dieta e atividade física, evidenciando que agonistas GLP-1 funcionam melhor como parte de uma abordagem integrada.
Como mencionado anteriormente, A evolução da perda de peso segue padrões semelhantes em ambos os medicamentos.
Os pacientes geralmente notam resultados perceptíveis após 4-6 semanas de uso regular destas terapias injetáveis obesidade.
Posteriormente, a redução de peso continua progressivamente durante pelo menos 6-12 meses, com tendência à estabilização posteriormente.
Um aspecto crucial sobre a tirzepatida versus semaglutida refere-se à manutenção dos resultados.
Estudos de longo prazo indicam que a interrupção de qualquer desses medicamentos emagrecimento geralmente leva à recuperação de parte do peso perdido.
Isto sugere que, para muitos pacientes com obesidade, o tratamento medicamentoso pode precisar ser continuado indefinidamente para manter os benefícios, similar ao manejo de outras condições crônicas.
Efeitos colaterais e segurança
Primeiramente, ao analisar o comparativo Mounjaro Ozempic, é essencial considerar seus perfis de segurança e efeitos colaterais.
Em termos gerais, ambos os medicamentos compartilham reações adversas semelhantes, principalmente relacionadas ao sistema gastrointestinal, sendo as mais comuns náuseas, vômitos, diarreia e constipação.
Estes efeitos tendem a ser mais pronunciados no início do tratamento e durante o aumento das doses, diminuindo com o tempo para a maioria dos pacientes.
De acordo com as evidências, estudos comparativos sugerem que o Mounjaro apresenta incidência ligeiramente maior de efeitos gastrointestinais, possivelmente devido ao seu mecanismo duplo de ação nos receptores GIP e GLP-1.
No que diz respeito a segurança, as contraindicações para ambas as terapias injetáveis obesidade incluem histórico pessoal ou familiar de carcinoma medular da tireoide e neoplasia endócrina múltipla tipo 2.
De modo importante, pacientes com pancreatite prévia devem ter cautela especial ao considerar qualquer medicamento desta classe.
O risco de pancreatite, embora raro, é um fator a ser monitorado durante o tratamento com agonistas GLP-1.
Sem dúvida, o monitoramento periódico é essencial durante o uso destes medicamentos emagrecimento seguros.
Além disso, exames regulares são recomendados para verificar função renal, pancreática e tireoideana.
É crucial destacar que sinais como dor abdominal severa, persistente e irradiada para as costas devem ser imediatamente reportados ao médico, pois podem indicar pancreatite aguda.
Uso específico em mulheres
Para mulheres em idade reprodutiva, a escolha entre Mounjaro e Ozempic requer considerações adicionais.
Ambos os medicamentos não são recomendados durante a gravidez e a amamentação, sendo classificados como categoria C pelo FDA, o que significa que estudos em animais demonstraram riscos ao feto, mas não existem estudos adequados em humanos.
Por essa razão, o tratamento de obesidade em mulheres, com estes medicamentos, exige método contraceptivo eficaz durante todo o período de uso.
Os fabricantes recomendam a interrupção do tratamento pelo menos dois meses antes de tentar engravidar, permitindo a completa eliminação da droga do organismo.
Particularmente relevante é a eficácia destes medicamentos em mulheres com Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP).
De fato, estudos preliminares sobre controle glicêmico e peso sugerem benefícios além da perda de peso, como melhora dos parâmetros metabólicos e hormonais, e possível regularização dos ciclos menstruais, o que pode ser especialmente vantajoso neste grupo.
Felizmente, não há interações significativas documentadas entre estes agonistas GLP-1 e contraceptivos hormonais até o momento.
Entretanto, é importante observar que a rápida perda de peso por si só pode alterar ciclos menstruais e potencialmente influenciar a eficácia de alguns métodos contraceptivos, o que reforça a necessidade de acompanhamento ginecológico durante o tratamento.
Custo e acessibilidade
O fator financeiro é uma consideração prática importante quando se analisa o comparativo Mounjaro Ozempic.
A semaglutida (Ozempic), por estar há mais tempo no mercado de medicamentos para emagrecimento, tende a ter maior disponibilidade e, em alguns casos, preços relativamente mais acessíveis, embora ainda seja considerado um tratamento de alto custo.
Em contraste, a teriparatida (Mounjaro), sendo uma opção mais recente entre os medicamentos injetáveis para perda de peso, geralmente apresenta preço mais elevado e disponibilidade mais limitada no mercado brasileiro.
Por exemplo, enquanto o Ozempic pode ser encontrado em grande parte das farmácias, o Mounjaro ainda está em fase de expansão de distribuição.
A cobertura por planos de saúde varia significativamente para ambas as terapias injetáveis obesidade.
Geralmente, o reembolso é mais comum quando prescritos para o tratamento de diabetes do que especificamente para perda de peso.
Além disso, alguns convênios exigem comprovação de índice de massa corporal elevado e tentativas prévias de outros tratamentos.
Em termos econômicos, no mercado brasileiro, o custo mensal dos agonistas GLP-1 pode variar de R$700 a R$1.500, dependendo do medicamento, dosagem e estabelecimento.
Felizmente, programas de descontos oferecidos pelos fabricantes podem auxiliar na redução destes valores em alguns casos, tornando o tratamento mais acessível para pacientes elegíveis.
Quem é candidato ideal para cada medicamento?
Fundamentalmente, o perfil ideal para uso do Mounjaro inclui pacientes com obesidade significativa (IMC>30) ou sobrepeso (IMC>27) com comorbidades, que não obtiveram resultados satisfatórios com outras intervenções.
Principalmente, a eficácia superior da tirzepatida pode beneficiar especialmente casos mais resistentes à perda de peso ou pacientes com diabetes tipo 2 que necessitam de melhor controle glicêmico e peso.
Por outro lado, o tratamento com Ozempic pode ser mais adequado para pacientes com diabetes tipo 2 que também necessitam de perda de peso moderada, ou para aqueles que apresentam intolerância ao Mounjaro.
Sua maior disponibilidade e histórico mais longo de uso com agonistas GLP-1 fornecem dados de segurança mais robustos, o que pode ser um fator decisivo para alguns pacientes.
Ambos os medicamentos emagrecimento seguros não são recomendados para pessoas com história de carcinoma medular de tireoide, pancreatite aguda ou crônica, doença renal grave, ou para indivíduos que buscam perda de peso por razões estéticas sem indicação médica apropriada.
Em conclusão, a decisão entre tirzepatida versus semaglutida deve considerar diversas variáveis, como a presença de diabetes, histórico de reações adversas a medicações similares, grau de obesidade, comorbidades associadas e objetivos específicos do tratamento.
A análise individualizada pelo médico especialista é fundamental para a escolha mais adequada.
Mitos e verdades
É importante desmistificar algumas informações incorretas sobre o comparativo Mounjaro Ozempic que circulam amplamente.
Estes medicamentos injetáveis para perda de peso não são “soluções mágicas” que dispensam mudanças no estilo de vida.
Na realidade, todos os estudos clínicos que demonstraram eficácia foram realizados em conjunto com orientações nutricionais e de atividade física.
A perda de peso, embora significativa com agonistas GLP-1, varia consideravelmente entre indivíduos.
Alguns pacientes podem experimentar resultados abaixo da média reportada nos estudos, enquanto outros podem superar essas expectativas.
Fatores genéticos, comportamentais e metabólicos influenciam a resposta individual ao tratamento.
O uso “off-label” de medicamentos emagrecimento seguros, especialmente para perda de peso quando aprovados apenas para diabetes, é uma realidade comum na prática clínica.
Embora exista respaldo científico para esta conduta, é fundamental que seja feito sob estrita supervisão médica, com avaliação cuidadosa da relação risco-benefício.
As redes sociais frequentemente mostram celebridades relatando uso destas terapias injetáveis obesidade, mas raramente compartilham detalhes sobre efeitos colaterais, necessidade de acompanhamento médico ou mudanças de estilo de vida associadas.
Isto pode criar expectativas irrealistas sobre os resultados e a facilidade do tratamento.
Acompanhamento profissional
Indiscutivelmente, a supervisão médica regular é absolutamente essencial durante todo o tratamento com agonistas GLP-1 para perda de peso.
Na verdade, o acompanhamento médico permite avaliações periódicas para monitorar a eficácia do Mounjaro ou Ozempic e detectar possíveis efeitos adversos precocemente.
Da mesma forma, exames laboratoriais regulares devem fazer parte da rotina de quem utiliza medicamentos injetáveis para perda de peso.
O monitoramento deve incluir função renal, enzimas pancreáticas e, em alguns casos, função tireoideana.
Naturalmente, pacientes com história pessoal ou familiar de doenças tireoidianas merecem atenção especial durante o tratamento.
É importante destacar que os ajustes de dose da tirzepatida ou semaglutida devem ser realizados gradualmente e sempre sob orientação médica.
Certamente, o aumento muito rápido das doses pode intensificar os efeitos colaterais gastrointestinais, levando à descontinuação prematura do tratamento.
Por isso, a estratégia de escalonamento lento (“start low, go slow”) é fundamental para o sucesso terapêutico.
A interrupção abrupta não é recomendada para nenhum dos medicamentos de controle glicêmico e peso.
Em vez disso, caso seja necessário suspender o tratamento, uma redução gradual das doses é preferível.
Finalmente, o acompanhamento nutricional e psicológico complementar aumenta significativamente as chances de sucesso e manutenção dos resultados a longo prazo.
Conclusão
Tanto o Mounjaro quanto o Ozempic representam avanços significativos no tratamento da obesidade, com mecanismos de ação inovadores e eficácia comprovada.
O comparativo entre tirzepatida versus semaglutida mostra que o Mounjaro, com seu mecanismo duplo, demonstra resultados superiores em termos de perda de peso, enquanto o Ozempic oferece maior histórico de uso e dados de segurança a longo prazo.
A escolha entre estes medicamentos injetáveis para perda de peso deve ser individualizada, considerando fatores como comorbidades, tolerabilidade, custo e objetivos específicos do tratamento.
Os agonistas GLP-1 não substituem mudanças no estilo de vida, mas funcionam como ferramentas potentes quando combinados com alimentação adequada e atividade física regular.
É fundamental ressaltar que o tratamento da obesidade é uma jornada de longo prazo.
A continuidade do acompanhamento médico, mesmo após atingir os objetivos iniciais de perda de peso, é essencial para manutenção dos resultados e monitoramento de possíveis efeitos colaterais.
Para uma avaliação personalizada e determinação do melhor tratamento para seu caso específico, agende uma consulta com um especialista em endocrinologia ou obesidade.
O profissional poderá analisar seu histórico médico completo e recomendar a opção mais adequada entre as terapias injetáveis obesidade disponíveis atualmente.
Obrigado pela leitura e até a próxima!