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Secreção Vaginal: quais os tipos, causas e como tratar

A secreção vaginal é o resultado do trabalho das glândulas localizadas na membrana mucosa da vagina.

Sendo assim, é normal e necessário ao funcionamento do aparelho reprodutor.

No entanto, quando a secreção apresenta coloração mais escura e é acompanhada de dor e coceira, há indícios de problemas que devem ser investigados.

Por isso, preparamos este artigo para tirar todas as dúvidas do que vem ocorrendo com o seu corpo, e te orientar a adotar as devidas providências.

 

O que é a secreção vaginal e quais são as causas?

A secreção vaginal, que também recebe o nome de muco cervical ou corrimento fisiológico, é um movimento natural do corpo da mulher.

Por isso, em alguns momentos, pode até passar despercebida.

As secreções íntimas servem como uma espécie de indicador da saúde da mulher.

Quando não causam desconforto é sinal de que os órgãos do aparelho reprodutor feminino estão saudáveis.

O tipo de corrimento em uma mulher saudável pode ser afetado por vários fatores, como por exemplo o estresse, mudanças climáticas, uso de medicamentos hormonais, uso de medicamentos potentes e reações alérgicas.

Além disso, a higiene pessoal pode afetar a natureza da secreção.

A mulher deve se preocupar quando o corrimento muda de consistência, adquire cor ou cheiro estranho e sua intensidade muda.

Geralmente, essa secreção é acompanhada de dor na parte inferior do abdômen, coceira, dor no períneo, irritação da genitália externa e desconforto ao urinar.

Independente do sintoma que você esteja sentindo, agende o quanto antes a sua consulta ginecológica com o seu médico de confiança.

 

Tipos de corrimento vaginal

Dependendo da quantidade de muco produzido, o corrimento pode ser normal, escasso ou abundante.

É considerada normal se hidratar de forma suficiente a vagina. Quando há corrimento normal, não é necessário umedecimento adicional da vagina antes da relação sexual. Já o corrimento escasso não é suficiente para o funcionamento normal da vagina, e por isso as membranas mucosas começam a secar e rachar.

Durante a relação sexual, são sentidos fricção e dor.

A secreção escassa é o resultado de alterações hormonais devido à idade, doenças endócrinas ou uso de medicamentos hormonais.

No corrimento abundante há uma sensação constante de umidade na vagina e são visíveis nas roupas íntimas.

O corrimento abundante pode ser diagnosticado em mulheres jovens durante a ovulação no meio do ciclo menstrual, são transparentes e não apresentam odor desagradável.

É importante lembrar que durante a gravidez, principalmente antes do parto, o corrimento também se torna mais abundante.

Independentemente do tipo, as secreções saudáveis não devem ser motivo de preocupação, porém, se a consistência, volume, cor ou cheiro do corrimento mudar, isso indica o início do processo patológico e a necessidade de você agendar consulta com o seu ginecologista.

Observar o tipo da secreção vaginal, assim como a sua cor e possíveis odores, é essencial para a mulher saber se é o momento de procurar ajuda médica e iniciar o tratamento adequado.

Afinal de contas, somente o médico poderá dar o diagnóstico preciso sobre o problema, bem com seu tipo, para iniciar o tratamento certo para cada caso.

Confira a seguir quais são os principais tipos de secreção e o que cada um deles pode indicar.

 

Principais tipos

  • Secreção vaginal transparente e sem odor: pode ser sinal da ovulação;
  • Secreção branca, fluida e sem cheiro: essas são as características de um muco normal;
  • Secreção de cor branca, espessa e com um cheiro ruim: nesse caso, pode indicar que a mulher está com candidíase, um tipo de infecção muito comum, causada por fungos e que afeta milhões de mulheres por ano, causando uma coceira intensa na região íntima da mulher;
  • Secreção com cheiro forte e de cor branca leitosa: são características da Colpite, que consiste em uma inflamação bacteriana do colo do útero e da vagina;
  • Cor acinzentada e com um odor desagradável: é como se apresenta a secreção vaginal causada por uma vaginose bacteriana, que também causa muita coceira na região intima. Por isso, é comum as pessoas confundirem com a candidíase;
  • Cor amarela e cheio bem forte: pode indicar que a ocorrência de clamídia, uma infecção sexualmente transmissível (IST), que afeta homens e mulheres, principalmente os órgãos genitais. Porém, também pode afetar os olhos e a garganta.
  • Secreção com um aspecto mais esverdeado e com cheiro semelhante a peixe: são características da tricomoníase. Trata-se de outra IST, que pode causar dor durante o ato sexual, prurido, dor no momento de urinar e sangramento após as relações sexuais.

 

Além disso, se não for devidamente tratada, pode facilitar o surgimento infecção por clamídia e gonorreia. Se a mulher estiver gestante, pode até levar ao rompimento prematura da bolsa.

  • A vulvovaginite deixa muco verde e seu odor é muito ruim. Essa infecção afeta simultaneamente a vulva e a vagina. Ela pode causar dor ao urinar, corrimento e inchaço.
  • Contudo, se a secreção for de aparência marrom, existe a possibilidade de ser o fim do seu ciclo menstrual,
  • No pós-parto, a cor da secreção feminina terá uma colocação cor-de-rosa.

 

Secreções infecciosas  

A secreção infecciosa pode ocorrer de quatro maneiras:

Por infecções vaginais decorrentes do desequilíbrio da flora vaginal das bactérias ou por cândida, que é comum entre 20% e 40% das mulheres.  

Os fungos e as bactérias levam ao aparecimento de vulvites e de vulvovaginites, infeccionando a vulva e a vagina.

Outra situação que também causa o aumento da secreção vaginal são as doenças de colo de útero e cervicais.

Aliás, essas situações merecem atenção, pois podem levar ao surgimento de cervicite, uma inflamação que ocorre no colo do útero.

Ela pode causar problemas como endometriose e afetar os demais órgãos que fazem parte do aparelho reprodutor feminino.

Por fim, as ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis) também levam ao aparecimento de secreções infecciosas.

 

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico da secreção vaginal pode ser por exames, como Papanicolau e coletas do muco para identificar as causas do corrimento.

Além disso, exames de sangue indicarão a presença ou não de doenças sexualmente transmissíveis.

Algumas formas de prevenir esse problema são:

  • Usando roupas leves, de preferência de algodão e não muito apertadas;
  • Evitar o uso protetores diários de calcinhas, papéis higiênicos com perfume e lenços umedecidos.

 

Essas atitudes simples ajudam a vagina a respirar e a diminuir os problemas na região íntima da mulher.

Mas, se mesmo assim o problema acontecer, é essencial procurar um médico para que ele possa avaliar e solicitar os exames necessários.

Assim, é possível iniciar o tratamento certo quanto antes.

Algumas opções de tratamento incluem o uso de medicamentos, pomadas e até uma intervenção cirúrgica, dependendo da gravidade do caso.

Além disso, o médico pode indicar comprimidos vaginais e pomadas tópicas que podem recuperar o equilíbrio da flora vaginal.  

Quando é causada por fungos ou bactérias, como a vaginose, o médico pode indicar antifúngicos e antibióticos.

Enfim, ao primeiro sinal de alteração da secreção vaginal, procure um médico, pois somente ele poderá diagnosticar o tipo de secreção, quais são as causas, assim como o melhor tratamento para cada caso.

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